Jogo o melhor que consigo com os dados que tenho. É inexorável a tua ausência, inelutável a tua constância, inconstante a tua permanência no pouco que me resta de nós. Marcaste-me cada segundo de cada dia, de cada ano, e sinto-te a falta como se de água se tratasse. Lembro-me de ti, ou melhor, não te esqueço, manténs-te em cada nota da desarmonia que sou eu. Fazes-me falta. Às mãos, aos traços, às noites. Fazes-me falta. E as cartas que te escrevi, meu amor, marcaram-me os impasses nas instâncias de te rever. És presença constante nas folhas do meu caderno. Escrevo-te, letra a letra, passeias-me pelos dedos até caíres nas linhas onde pouso a caneta. É-me imprescindível olhar em redor, olhar as paredes, sentir-te sem te ver. Este quarto tem-te por todos os lados, o suficiente para quase te respirar a ausência. Vou jogando o melhor que consigo com as cartas que tenho. Vou dizendo o teu nome... És presença constante nas folhas do meu caderno.
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que texto tão lindo, querida. adorei o título. e escrever é muitas vezes uma terapia; escrevê-lo pode ser uma terapia... beijinho.
ResponderEliminarconcordo com a Girl in Motion. escrever é quase terapêutico. mas, claro, se também escrevermos o que houve de mau - porque se assim não for, caso só relatemos as coisas boas, é uma merda, só piora...
ResponderEliminarGirl in motion: obrigada... sim, sem dúvida que é, escrever e escrevê-lo... beijinho
ResponderEliminarJoana: hum pois és capaz de ter razão... =/ beijinho
Ainda bem que escreves, e escreves assim, senão que seria de nós?
ResponderEliminarEspero é que essa dor aí dentro melhore.
Beijinho**
Mysterious girl: ohh tu és tão querida... :) há-de melhorar... não há mal que sempre dure não é? beijinho**
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