Dear Cupid, next time hit both.









sexta-feira, 29 de abril de 2011

When he doesn't love you back


Quando gostamos de alguém que não gosta de nós, o Mundo à nossa volta perde as cores. De repente, o cor-de-rosa esfuma-se e fica em tons de cinzento. Começamos a tentar perceber o que fazemos de errado, o que temos de tão errado para que aquela pessoa não goste de nós. Esquecemos até que muitas outras pessoas já gostaram, ou até gostam de nós - o que importa é que aquela, aquela em particular, a única que queríamos, não nos quer. Deixa-nos em desespero. Apetece-nos gritar "Eu posso ser tudo o que tu quiseres!" e prendê-la para que não vá para os braços de mais ninguém. Temos a certeza de que poderíamos ser melhores do que ninguém para essa pessoa - se ela ao menos nos deixasse tentar. Quando gostamos de alguém que não gosta de nós, o nosso cérebro luta constantemente com o nosso coração. Diz-lhe que aquela pessoa também é cheia de defeitos e, por cima disso tudo, não gosta de nós, o que deveria ser suficiente para não gostarmos dela também; o coração responde, numa voz muito mais alta, que não escolhe de quem gosta, que não pode deixar de gostar só porque sim, e que só queria a pessoa por perto - importam lá os defeitos agora. Quando gostamos de alguém que não gosta de nós, agarramo-nos a coisas pequeninas e insignificantes, como um sorriso na chegada, um olhar na despedida, ou as palavras que a pessoa usou numa sms. Qualquer coisa serve para manter viva a esperança de que, afinal, podemos estar enganados, de que, afinal, a pessoa até pode gostar de nós. Só que raramente estamos enganados, os nossos instintos costumam acertar quando nos dizem que não estamos a ser correspondidos, que aquele olhar podia ser alguma coisa mas depois o silêncio do outro lado diz muito mais. Quando gostamos de alguém que não gosta de nós, coisas tão simples como o tempo que a pessoa demora a responder-nos deixam-nos com os nervos em franja e passam a tomar as rédeas do nosso dia-a-dia. Pulamos de felicidade quando vemos o nome em questão no visor do telemóvel, o sangue corre-nos doutra maneira nas veias quando sabemos que vamos ver essa pessoa, limitamo-nos a passar pelos dias quando ela está longe. Quando gostamos de alguém que não gosta de nós, somos ridículos a este ponto. E só queríamos não ser ridículos sozinhos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cheira-me...

... que isto não é bem verdade. Porque se fosse, eu já teria um best seller internacional com mais sucesso do que as sagas do Twilight, do Harry Potter e do Senhor dos Anéis, tudo junto. Cheira-me.

terça-feira, 26 de abril de 2011

What if I spoke those words today?


Sinto a tua falta. Passaram-se dias, meses, mais de um ano, e eu ainda sinto a tua falta. E eles dizem que passa. Que sim, que passa sempre. Mas eles não sabem de nada, amor. Não sabem do encaixe perfeito da minha mão na tua nem de como as horas corriam quando estávamos juntos. Não sabem do conforto que éramos nem da paz no teu rosto. Não sabem da luz que tinham os teus olhos, nem de como nunca mais encontrei essa luz em ninguém e, desde então, vivo na sombra. Não sabem da mágoa no teu rosto de primavera quando te deixei, nem da que causámos um ao outro desde aí. Não, eles não sabem de nada, amor. Nem da tua voz no meu ouvido a dizer-me baixinho as coisas com que agora nem sonho, porque acordar seria doloroso demais. Eles não sabem como é viver todos os dias contigo no coração e com a (in)certeza de que se calhar, só se calhar, eu podia ter tentado um bocadinho mais. Eles não sabem de nada, mas eu sei que o teu sorriso não me passa, e nem a saudade - nunca.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

So where the fuck are you, anyway?


Esta brincadeira de encontrar a pessoa da nossa vida cansa. É uma maratona, já repararam? Há quanto tempo a procuram? Eu comecei a procurá-la há mais de dez anos. Bom, não a procurá-la oficialmente (aos 13 anos sabia lá eu o que eram almas gémeas - na verdade, aos 25 continuo a não saber bem...), mas a incursar nestas coisas dos amores e das paixões. E é tão difícil! Arrisco-me mesmo a dizer que é a tarefa mais difícil que temos ao longo da vida. Eu já o faço há mais de dez anos e continuo a não ter ideia de como se faz... Como é que se procura uma coisa que não conhecemos, sobre a qual não sabemos nada? Até podemos achar que sabemos, podemos achar que queremos uma pessoa assim ou assado, com olhos cor de não sei quê e personalidade xpto. Mas depois aparece-nos um que não tem nada a ver e é por ele que nos apaixonamos, portanto, é como se não soubéssemos nada sobre o que estamos a procurar. E, mesmo depois de encontrarmos uma pessoa, não sabemos o resto. Os meus dez anos de experiência não me ensinaram lá grande coisa. Uns quanto do's and don't's, dos básicos. De resto, continuo na ignorância! Quando o encontramos, fazemos o quê? Convidamo-lo a sair ou esperamos que ele nos convide? Damos-lhe o nosso número ou esperamos que ele o peça? Procuramo-lo no facebook (esta é nova) e metemos-lhe um like numa foto (blhec)? E depois, quando saímos com ele? Vamos simples ou empiriquitadas? Esperamos um beijo no fim da noite ou guardamos para mais tarde? Ligamos no dia seguinte ou esperamos que ele ligue? Quanto tempo temos de esperar até desesperar se ele não ligar? E quando nos apaixonamos? Quanto tempo devemos esperar até abrir o jogo, por quanto tempo devemos fazer-nos um bocadinho de difíceis? E se não nos apaixonamos? Continuamos a tentar, damos-lhe mais uma hipótese (ou duas, ou três?) ou cortamos-lhe logo as asas? É cansativo, desesperante, leva-nos à exaustão. E continuamos a fazê-lo, a procurar, porque queremos acreditar que, no final, compensa. E sim, por muito que repitamos a frase cliché e que ela até seja verdade - "O truque é parar de procurar!" - na realidade passamos o tempo a procurar. Sempre que o nosso olhar se cruza com o de um moreno giro do outro lado do bar, sempre que aceitamos um convite para um café, sempre que sorrimos para aquele amigo, procuramos alguma coisa nele que nos diga que pode ser ele a pessoa. Bom... eu vou continuar a procurar. Desejem-me sorte!

domingo, 24 de abril de 2011

Eu disse-vos que ando deprimida


Troquem a parte em que diz "Friday" por "Saturday" e têm aí a minha noite de ontem. Deprimente. Sinto-me com 50 anos. Bah.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A paixão


"(...) É assim que começa a paixão. E a paixão é o aspecto mais perigoso do desejo humano. A paixão leva àquilo que os psicólogos chamam «pensamento intrusivo» - aquele famoso estado de distracção, em que não nos conseguimos concentrar em mais nada, a não ser no objecto da nossa obsessão. Assim que a paixão ataca, tudo o resto - empregos, relações, responsabilidades, comida, sono, trabalho - fica pelo caminho, enquanto alimentamos fantasias sobre o ser amado, que rapidamente se tornam repetitivas, invasivas e absorventes. A paixão altera a química do nosso cérebro, como se nos estivéssemos a encharcar em opiáceos e estimulantes. Os cientistas descobriram recentemente que os exames de imagiologia cerebral e alterações de humor de uma pessoa apaixonada são extraordinariamente semelhantes aos de uma pessoa viciada em cocaína - e não é de estranhar, pois a paixão é uma adição, com efeitos químicos mensuráveis no cérebro. Tal como a antropóloga e especialista em paixão, a doutora Helen Fisher, explicou, as pessoas apaixonadas, tal como qualquer drogado, «sujeitam-se a coisas pouco saudáveis, humilhantes e até fisicamente perigosas para conseguir o seu narcótico».
(...) É claro que o problema com a paixão é o facto de ela ser uma miragem, uma ilusão de óptica - na verdade, uma ilusão do sistema endócrino. A paixão não é exactamente a mesma coisa que o amor; é mais como a sua segunda prima duvidosa, que está sempre a pedir dinheiro emprestado e não consegue segurar um emprego. Quando nos apaixonamos por alguém, não estamos realmente a olhar para essa pessoa; estamos apenas cativados pelo nosso próprio reflexo, inebriados por um sonho de completude que projectámos num perfeito desconhecido. Nesse estado, temos tendência para decidir todo o tipo de coisas espectaculares sobre os nossos amantes, que podem ou não ser verdade. Percepcionamos algo quase divino nos nossos amados, mesmo que os nossos amigos e família não o vejam. No fim de contas, a Vénus de um homem é a lambisgóia de outro, e outra pessoa poderá facilmente considerar o nosso Adónis pessoal um falhadozinho, absolutamente entediante. (...)" (Elizabeth Gilbert, "Comprometida")

Espero que todos tenham tido o mesmo sentimento de iluminação e clarificação quando leram isto. Vamos lá, todos juntos: "ahhhhhhhh..." - com um suspiro de desalento no final, por favor.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars?


Naquele momento, tu fazes um sorriso tão perfeito que o meu coração salta duas batidas. E depois eu sigo, com o mesmo modo piloto automático de sempre, com os olhos húmidos a viagem toda, porque tenho o teu cheiro na minha pele mas ele vai desaparecer numa questão de horas, e então eu já não vou ter mais nada teu. Tu não me dás nada. Nem o prazer de saber que também estás a pensar em mim, ou que te preocupas comigo. Que te lembras de mim, sequer. Como agora, que são duas da manhã e eu não consigo fazer outra coisa que não rever cada palavra tua e cada expressão do teu rosto, e tenho a certeza que tu adormeceste há horas sem sequer te lembrares da cor dos meus olhos e sem me desejares perto de ti. E as minhas mãos estão vazias e apetecia-me que tivessem as tuas no meio, e aí eu podia adormecer. Assim, só gosto de ti de maneiras antes impensáveis e dava tudo para ser um bocadinho disto para ti. Se eu tivesse três desejos, tu serias um deles.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

It's 3 am, I must be lonely


O meu mundo era a preto e branco. Quando não havia cavalos nem princesas nem capas nem torres. O meu mundo era a preto e branco, tu vieste e ele passou a cor-de-rosa. Passou a sorrisos e a andar à chuva e a dançar sozinha, passou a vontade de (te) viver incessantemente, ao teu rosto sempre que acordava de manhã. E depois, depois passou a meios sorrisos, a meia felicidade, a meio aperto no coração quando percebi que eu não te deixava a dançar à chuva e que tu nem tinhas percebido que eu te salvei, eu e o meu cavalo branco. Tu nem percebeste que eu fiquei com a caneta na mão, suspensa, à espera do final feliz que tu não me deixaste escrever. E agora... agora estou só cansada. De gostar tanto de ti, de só te ver a ti quando tu nunca me vês. De não ter vontade de dormir, porque tu invades-me o pensamento quando fecho os olhos, porque invades-me os sonhos quando adormeço, porque estás lá quando eu acordo e nem sequer é a sério. Quem me dera que ver-te não me deixasse com o coração a mil, que fosses só uma pessoa igual às outras. Que não me fizesses odiar as músicas que antes me deixavam a sorrir porque te traziam para o meu lado, que não me fizesses odiar os casais de mãos dadas porque tu só me deste a mão uma vez e o resto do Mundo parou e tu nem deste por nada. Eu gostava que ainda me desses mais vontade de sorrir do que de chorar, de ainda achar que podia ser fácil, de achar que também podia depender de mim. Não depende, o meu cavalo branco continua à tua espera, mas a tua vida perfeita continua a não ter lugar para a confusão que eu costumo arrastar atrás de mim. Eu nunca vou ter lugar ao teu lado, é o que eu sei agora. E dói um bocadinho, e eu ainda queria ser perfeita o suficiente para poder estar aí, para poder estar contigo. Não sou, e tu não chegas a ver que o imperfeito tem muito mais piada. E sabes que mais? Eu queria mesmo que tu me visses, que me fizesses ver o mundo a cor-de-rosa todos os dias e que me deixasses a dançar sozinha. E queria mesmo que tu não dormisses sem mim, e estar no teu pensamento todo o dia, nos teus sonhos toda a noite. Eu sonho demais, espero demais, e nunca acontece nada. Gosto de ti, só isso. Adeus*

sábado, 9 de abril de 2011

A vida não se aprende nos livros - 5


Eu já aprendi que os tubos de pasta de dentes que têm riscas coloridas não estão cheios de pasta de dentes às riscas coloridas (acreditem, esta questão sempre me deu a volta à cabeça). Os tubos estão cheios de pasta de dentes branca, e no topo do tubo, junto à abertura para a pasta sair, está a outra parte, o gel colorido (normalmente verde ou azul e vermelho), num espacinho reservado com orifícios para fazer as risquinhas. Quando se aperta o tubo e a pasta sai, leva consigo o gel colorido e sai às riscas. Qualquer coisa assim. Agora bonito era eu dizer que abri um tubo de pasta de dentes para constatar isto, mas não, esta (e contradizendo o título da rubrica) li mesmo num livro. Mais bonito ainda, era alguém disponibilizar-se para enfiar um tubo de pasta de dentes às riscas novo dentro do congelador e mais tarde cortá-lo ao meio, para ver se isto é verdade ou se a pasta afinal já vem às riscas. Voluntários? É que a pasta de dentes está cara.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Put your loving hand out baby...


Estou farta que os meus dias sejam coloridos por ti. Pelas tuas ausências sempre longas demais para o meu pobre coração, pelas tuas presenças sempre curtas o suficiente para que este aperto nunca me largue o meio do peito - dizem que se chama saudades. Eu tentei não gostar de ti, e a verdade é que já não pulo de alegria quando percebo que é a tua voz do outro da linha - fizeste-me esperar tempo demais. Mas eu ainda fico sem ar quando sei que estás ao virar da esquina. É que eu olho para ti e deixo de saber as coisas que acho que sei. E eu tento não te querer, eu tento tanto, mas eu quero-te tanto ainda. Ainda quero um bocadinho que me vejas aqui e que sejas tu, porque eu sei tudo o que nós podíamos ser e tu nem sonhas. Ainda me apetece abanar-te pelos ombros e gritar-te "Eu estou aqui e tu mudaste as cores do meu Mundo!", e ainda acho que a seguir tu ias dar-me a mão para eu descer do meu cavalo branco e beijar-me, e ias vestir tu a capa e salvar-me, em vez de ser ao contrário (eu salvei-te e tu nem reparaste). Ainda sonho um bocadinho com o momento em que ias tocar-me à campainha, ofegante, e pedir-me desculpa por só agora teres percebido - apesar de tu nunca me teres tocado à campainha e de nem sequer saberes onde moro, porque nunca quiseste saber onde eu moro, e isso já me matou mais mas ainda tenho tanta pena que seja assim. Que tu nunca tenhas percebido que nós podíamos e teríamos sido perfeitos juntos, que até as nossas mãos encaixavam na perfeição, quero dizer. Por isso, estendo-te a minha mão uma última vez e vou esperar que a agarres, e vou ficar aqui mais um pouco, só mais um pouco. O tempo necessário para poder dizer que desisto, que estou cansada de não ser gostada por ti, que já não consigo estar sentada à chuva só à espera do teu olhar na minha direcção. Que já não consigo só ver a cores quando tu me sorris. Que quero a minha vida a cor-de-rosa, mesmo sem ti, mesmo sem a dança que me punhas a fazer sozinha, mesmo sem os sorrisos plantados no rosto, mesmo sem o coração a saltar sempre que tu te aproximavas. Acho que prefiro gostar de mim do que de ti, deixar de contar os dias para te ver e não contar com os teus olhos de cor indefinida nos meus. Até lá, até ter a certeza, eu ainda estou aqui. Agarra a minha mão.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

E eu juro que não peço mais nada.

E às vezes eu acho que é mesmo mas mesmo difícil, e que se calhar eu é que sou muito exigente, mas depois outras vezes acho que não, que não sou exigente, que simplesmente sei o que quero e não vou acomodar-me com menos do que isso. E, vendo bem, eu não quero assimmmm tanto. Quero o meio termo, só isso. Não quero o yin nem o yang, não quero o 8 nem o 80, não quero o calor nem a tempestade. Quero o meio termo. Quero alguém que fale, porque eu gosto de ouvir, mas que consiga ficar a ouvir-me quando eu tenho alguma coisa importante para contar. Quero alguém que se preocupe o suficiente para me perguntar como foi o meu dia, mas que não se preocupe ao ponto de pedir um relatório de cada actividade que fiz. Quero alguém que seja capaz de me dizer que gosta de mim, mas que não me diga que está apaixonado logo no primeiro dia. Quero alguém que se lembre de me dar os bons dias e de me desejar boa noite, mas que não me mande três sms de seguida se eu não lhe respondo no espaço de meia hora. Quero alguém que me queira presente na sua vida, mas que não me queira apresentar à família ao fim de um mês. Quero alguém atraente o suficiente para que eu possa sentir-me atraída, mas que não seja atraente demais para o resto da população feminina. Quero alguém que tenha auto-confiança, mas que não se ache o rei da cocada. Quero alguém que seja inteligente, mas que tenha sentido de humor. Quero alguém que tenha ideais e seja sensível aos outros, mas que não perca a masculinidade por isso. Quero alguém que me faça sentir-me protegida, mas que não seja machista. Quero alguém que me dê a mão na altura certa, mas que não passe o tempo a pespegar-me beijos pegajosos na cara. Quero alguém que não existe.