Dear Cupid, next time hit both.









terça-feira, 30 de abril de 2013

Maldita a hora em que vendi a minha alma para conquistar o teu coração.



Rio-me da ironia que é estar no chão desta esquina quando tudo o que queria era estar ao teu lado. Rio-me, porque eu teria ido contigo onde tu fosses. Onde me levasses ou onde me pedisses para ir, ou onde a tua teimosia me deixasse ir. Mas no final, deixaste-me foi aqui. Onde achaste que as tuas falhas já não iam fazer-me tropeçar na minha própria vida, depois de ter tropeçado na tua. Mas sabes? Eu não teria visto as falhas no teu coração se não mas tivesses atirado à cara. Nem o buraco na tua alma, nem o vazio nas tuas palavras. E eu devia ter notado o vazio nas tuas palavras. Mas nós tropeçamos na vida dos outros e só vemos aquilo que queremos ver, e tudo o resto que o coração precisa fica mascarado. Por mãos dadas, por abraços durante a noite. Fica mascarado e nós damos tudo, vendemos a alma e damos de graça o coração, pedimos em troca muito menos do que precisamos e vamos esperando e acreditando que isso basta. E para mim bastava, até me teres tirado tudo sem me devolveres nada do que te dei, e eu dei-te tanto. Eu dei-te tudo, tudo, por mãos dadas que afinal não me impediram de cair, por abraços que afinal não eram apertados que chegasse, e no final tu deixaste-me aqui. E eu dei-te tudo, tudo. Maldita a hora em que vendi a minha alma para conquistar o teu coração.

https://www.facebook.com/pages/Matem-o-Cupido-por-favor/578633328818159 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Bittersweet.



No fundo, era isto que eu tinha vontade. De espetar um selo bem dado nesse queixo. De deixar-te negros os olhos azuis que me prenderam no primeiro dia, logo depois de elogiares os meus. De pegar na porcaria da mota que nunca quis que tivesses e espatifá-la contra um muro qualquer. Tinha vontade de dar-te uma canelada das valentes, daquelas a sério, que deixasse marca durante uma semana, para ver se pelo menos assim não te esquecias de mim. Se pelo menos assim não era como se eu nunca tivesse existido na tua vida. Porque a tua marca, essa ficou cá bem cravada. Ficou-me nas noites em que adormeço sem o teu braço por cima, sem o som da tua televisão, nas manhãs em que acordo sem o teu despertador nem o teu peito para poder encostar a cabeça só mais cinco minutos. Eu queria, queria que fosse como parece, como se tu nunca tivesses estado na minha vida tanto tempo. Eu queria, mas não consigo. Queria que não me tivesses ficado em tanta coisa, e queria ter ficado em pelo menos metade do que tu me ficaste. E queria odiar-te, queria tanto odiar-te. Mas eu ainda gosto tanto de ti. Ainda sonho contigo, ainda morro de medo do momento em que vou encontrar-te com outra pessoa num sítio qualquer. Ainda fujo do dia em que vou descobrir que afinal a tua aversão ao compromisso era só uma aversão ao compromisso comigo. Ainda te desejo todo o mal do Mundo, para que um dia percebas como podias ter sido feliz comigo. E sim, no fundo ainda tenho vontade de pregar-te um valente par de estalos, porque me fizeste acreditar em tanta coisa e no final… no final deixaste-me ir, sem sequer me segurares no braço nem gritares “volta”.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Para mais tarde recordar.



Caso alguma vez te esqueças, aqui fica o registo. Ter o coração partido é isto. No fundo, ter o coração partido é não te atreveres. Não te atreveres a ir ver fotografias, porque sabes que vais sentir uma coisa afiada a atravessar-te o coração. Não te atreveres a ir ler as sms guardadas, porque vais voltar a não perceber como tudo mudou tão depressa, mas também não te atreveres a apagá-las, porque no fundo ainda acreditas que um dia podem fazer parte da vossa história de amor. Ou então porque são tudo o que ainda te resta. Ter o coração partido é não te atreveres a deitar a cabeça na almofada sem te sentires prestes a adormecer, porque sabes que por muito que estejas bem essa é a hora a que os fantasmas voltam e, com eles, a saudade. É não te atreveres a ir aos mesmos sítios, porque esses sítios não fazem sentido a solo, nem a sítios onde podes encontrá-lo, porque sabes que ias dar 20 passos atrás, independentemente dos que já deste em frente. Ter o coração partido é não te atreveres a responder mais do que “está tudo bem” quando é óbvio que não está, não te atreveres a deixar de sorrir porque sabes que vais chorar, não te atreveres a achar que desta vez o toque do telemóvel pode trazer a voz dele que também sentiu a falta da tua. Ter o coração partido é viver só com metade do coração e não te atreveres a pedir a outra metade de volta, a que deixaste nas mãos dele e não sabes quando voltas a ver. Nunca te esqueças, ter o coração partido é isto.

É oficial, temos blog.

Matei o Tardes de Chuva e Chocolate e dei à luz um Matem o Cupido, por favor. Não prometo grande coisa, mas ainda tinha por aqui coisas escritas que não publiquei e que escapam ao registo da página no facebook. Seja como for, espero que vão dando um olhinho nas duas coisas.

https://www.facebook.com/pages/Matem-o-Cupido-por-favor/578633328818159

segunda-feira, 22 de abril de 2013

E se de repente este blog não fechasse...

... e em vez disso passasse a chamar-se "Matem o Cupido, por favor"?
Só me falta mudar ali o título.

https://www.facebook.com/pages/Matem-o-Cupido-por-favor/