Rio-me da ironia que é estar no chão desta esquina quando
tudo o que queria era estar ao teu lado. Rio-me, porque eu teria ido contigo
onde tu fosses. Onde me levasses ou onde me pedisses para ir, ou onde a tua
teimosia me deixasse ir. Mas no final, deixaste-me foi aqui. Onde achaste que
as tuas falhas já não iam fazer-me tropeçar na minha própria vida, depois de
ter tropeçado na tua. Mas sabes? Eu não teria visto as falhas no teu coração se
não mas tivesses atirado à cara. Nem o buraco na tua alma, nem o vazio nas tuas
palavras. E eu devia ter notado o vazio nas tuas palavras. Mas nós tropeçamos
na vida dos outros e só vemos aquilo que queremos ver, e tudo o resto que o
coração precisa fica mascarado. Por mãos dadas, por abraços durante a noite.
Fica mascarado e nós damos tudo, vendemos a alma e damos de graça o coração,
pedimos em troca muito menos do que precisamos e vamos esperando e acreditando
que isso basta. E para mim bastava, até me teres tirado tudo sem me devolveres
nada do que te dei, e eu dei-te tanto. Eu dei-te tudo, tudo, por mãos dadas que
afinal não me impediram de cair, por abraços que afinal não eram apertados que
chegasse, e no final tu deixaste-me aqui. E eu dei-te tudo, tudo. Maldita a
hora em que vendi a minha alma para conquistar o teu coração.
https://www.facebook.com/pages/Matem-o-Cupido-por-favor/578633328818159
https://www.facebook.com/pages/Matem-o-Cupido-por-favor/578633328818159