Dear Cupid, next time hit both.









domingo, 24 de outubro de 2010

Ultimamente...

... lembro-me dos sonhos que tenho durante a noite. Pior, acordo a meio deles.

Bela merda, não gosto nada.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Porque as mulheres demoram tanto na casa-de-banho - toda a verdade.

Já tinha lido este texto, há algum tempo atrás, mas entretanto "perdi-o". Hoje, enviaram-mo no facebook (obrigada querida, sabes quem és, o resto dos leitores não precisa de saber :P). Se nunca leram, leiam até ao fim, por favor. Se já leram, leiam de novo! Eu fui às lágrimas de tanto rir quando o li pela primeira vez... As mulheres vão identificar-se e os homens, perceber umas coisas... E, já agora, se alguém souber de quem é o texto, pode partilhar.


*Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho?*


O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita.

Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"
E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo.
"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.

Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso, resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de "tou aqui tou-me a mijar!".

Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais" (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente, que pena!). Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados.
Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair.
Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa...
Penduras a mala no gancho que há na porta... QUAAAAAL? Nunca há gancho!!
Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e
não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto
vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o
pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para
dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que
tens no caso de...
Mas, voltando à porta... como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la
com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te
"na posição"...
AAAAHHHHHH... finalmente, que alívio... mas é aí que as tuas coxas começam a
tremer... porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as
pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço
estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o
pescoço!
Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a
tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a
voz da tua mãe faz eco na tua cabeça *"nunca te sentes numa sanita
pública"*,
e então ficas na "posição de aguiazinha", com as pernas a tremer... e por uma
falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e
molha-te até às meias!!
Com sorte não molhas os sapatos... é que adoptar "a posição" requer uma
grande
concentração e perícia.
Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel
higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio!
Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na
mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel... mas para
procurar na tua mala tens de soltar a porta... ???? Duvidas um momento, mas
não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te
uma
trolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de
travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas
OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!
E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes
soltar
a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm
muito respeito umas pelas outras).
Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não
importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o
lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou
seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma
mão.
Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu "alguém
tem um pedacinho de papel a mais?" Parva! Idiota!
Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o
suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que
estaria envergonhadíssima se te visse assim... porque ela nunca tocou numa
sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar
ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??).... Estás exausta! Quando
páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo
a fazer malabarismos com um pé, muito importante!
Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te
do lenço de papel...), então não podes soltar a mala nem durante um segundo,
pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os
sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca,e
consegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a
mala
não resvalar e ficar debaixo da água.
Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as
mãos nas tuas calças - porque não vais gastar um lenço de papel para isso -
e sais...
Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de
banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges
enquanto te esperava.
"Mas por que é que demoraste tanto?" - pergunta-te o idiota.
"Havia uma fila enorme" - limitas-te a dizer.
E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por
solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a
Outra
passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e
rápido, pois só tens de te concentrar em manter "a posição" e *a
dignidade*.
*Obrigada a todas por me terem acompanhado alguma vez à casa de banho e
servir de cabide ou de agarra-portas! Passa isto aos desgraçados dos homens
que sempre perguntam "querida, por que motivo demoraste tanto tempo na casa
de banho?" .... IDIOTAS!*

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Letter to my crush.

Querido Rui,

Esta carta serve para declarar oficialmente a minha paixão platónica por ti. Bom, não é oficialmente, porque tu não vais lê-la e, mesmo que a lesses, não saberias que sou eu que a escrevo. A verdade é que tenho este fraquinho por ti desde que te conheci, ainda no liceu, lembras-te? Eu namorava com um dos teus melhores amigos, vi-te uma vez com ele e na vez seguinte sorri-te, e tu foste dizer-lhe que eu era muito simpática. Depois começámos a falar na net, mesmo depois de eu ter acabado tudo com ele... e, por vezes, tornava-se arrepiante. Éramos tão parecidos que dizíamos as mesmas coisas ao mesmo tempo. E depois tu és giro e tens esse sorriso lindo, lindo de morrer... e és simpático, e humilde e nada convencido, e tocas guitarra, e tens um coração enorme e és sensível mas não em demasia, e tens aquela capacidade de te apaixonares por uma rapariga e não ter olhos para mais ninguém, e és ambicioso... e vives do outro lado do Mundo. E eu, eu que tenho esta pancada enorme por ti desde sempre, nunca te disse porque tu estás tão longe que nem valia muito a pena tornar esta coisa real para depois não ser rigorosamente nada. Para isso, eu fico com os meus sonhos - o de que um dia tu vens cá visitar a tua família, combinamos um café e tu apaixonas-te por mim e ficas cá, ou o de que eu vou visitar-te - e vou, juro que vou - e tu apaixonas-te por mim e eu fico aí. Sabes quantas vezes já imaginei como poderia ser o nosso primeiro beijo? Nem te digo, para não teres uma noção de quão ridícula sou, nem da puta da pancada que tenho por ti... E pronto, era só isto, espero sinceramente que não voltes a apaixonar-te até eu voar para aí (egoísta, eu sei, quero lá saber), para depois poderes perceber que a mulher da tua vida sou eu. Ah, e eu não me esqueci de que nós vamos casar se nenhum de nós encontrar outra pessoa até aos 40 anos (agora que penso nisso, fui um bocado estúpida, não podia ter baixado o limite até aos 26?! Duh... Anyway, fingers crossed, espero mesmo que não encontres ninguém até lá...).

Da tua mais sincera, ridícula e eterna (juro, eterna!) platonicamente apaixonada...

Sofia*

#2 LETTER TO YOUR CRUSH

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu também não sei, mas gostava de saber...

Jornalista da TVI - Quando o coração não bate, o que é que isso quer dizer?

Menina de 4 anos - Que ele está doente...

Jornalista da TVI - E como é que se cura um coração?

Menina de 4 anos - Não sei...



Pois, olha... eu também não.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ainda me lembro - Texto para a Fábrica de letras

Hoje apeteceu-me participar, já há muito que tinha vontade de o fazer. Por isso, e porque até diz bem com o título do blog, aqui fica o meu texto para o tema deste mês da Fábrica de letras - "O cheiro da chuva".
*
Ainda me lembro. Quando chovia eras meu, amavas-me cada centímetro da pele morena e sempre arrepiada, sempre a contar com a tua mão. É isso, o cheiro da chuva lembra-me as tuas mãos. As tuas mãos perfeitas e a maneira como se encostavam ao meu rosto, como me afastavam os cabelos dos lábios antes de os beijares, sorrires e murmurares um daqueles nomes bonitos que nunca mais deixei que me chamassem. Agora, limito-me a dizer, com um sorriso trocista: "Não me chames isso, por favor. É foleiro...". Claro que, na verdade, é porque ouvi-lo traz-te de volta e ao modo como aquelas palavras soavam quando saídas dos teus lábios. Ainda me lembro. Do teu riso, de sorrir sempre que te via, ainda ao longe, das borboletas que me esvoaçavam na barriga e de ter sido assim durante muito, muito tempo - mais do que a paixão, supostamente, deveria durar. Mesmo quando eu (já) te amava, tinha borboletas por todo o lado só de pensar em ti. E eu amei-te tanto, tanto. Tanto que já passou um ano e ainda hoje, quando chove, eu vejo sempre o teu rosto, ouço sempre a tua voz, percebo sempre que o teu abraço já está tão longe que mal consigo senti-lo à minha volta. E a chuva... sempre que sinto o cheiro da chuva, voltam as tuas mãos... e aquela tarde, em que encostei os lábios aos teus pela última vez, em que me desfiz em lágrimas e o meu mundo como o conhecia mudou, em que mudei o teu mundo como o conhecia também. Chovia, chovia muito, e nós ficámos abraçados uma eternidade, num adeus que ainda hoje parece que não acabou, porque ainda é atordoante e ainda me aperta o peito sempre que te vejo. Depois desse adeus, fui para a chuva e chorei a apertar o peito com os braços, numa tentativa de me abraçar como tu o fazias, para acalmar a dor, para travar a saudade que começou, nesse momento, a instalar-se no meu peito e que nunca mais me deixou.
Ainda te lembras? Eu não consigo esquecer...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Odeio não te ter.

Furtado daqui.

"Gostava de conseguir abraçar-te,mesmo que não precisasses de estar comigo.
Gostava só de sentir o meu corpo gelado ir ficando cada vez mais quente e sentir o teu perfume.Odeio não te ter.E odeio ainda mais não te ter por pura incompetência.
Hoje gostava de ter os cinco sentidos num só.Consigo amar tudo o que foi e o que será ainda mais,mas o presente sem ti nem sequer é presente.
É alguma coisa algures entre uma mentira e uma verdade,num impasse constante também,entre a felicidade e a depressão profunda.As pessoas sonham com carros,carreiras,relações de sonho e eu sonho apenas com uma coisa.
Um abraço.
Que coisa deprimente...Viver num mundo com milhões de habitantes e não haver nada que nos compense a falta de um abraço.
É mesmo triste a puta da vidinha.
Dorme bem.
Adoro-te."


E afinal era mesmo isto que eu queria dizer. Só isto.
Odeio não te ter...

domingo, 3 de outubro de 2010

Hoje está a chover, e tu já só me apareces em sonhos.

Hoje está a chover. Está a chover e eu queria-te assim um bocadinho ao pé de mim. O meu coração aperta-se enquanto me lembro da tua voz, com o barulho da chuva a bater nas janelas, e engulo outro sonho daqueles que eram nossos e que nunca tiveram lugar na realidade. Sinto-nos ainda tão perto... Hoje está a chover, e eu tenho outra pessoa com quem ir para um Starbucks qualquer apreciar um Latte de chocolate branco quentinho e a chuva a cair lá fora, num abraço apertado diferente do teu porque é real - e o teu já só me aparece em sonhos. Sim, hoje está a chover, e eu podia ligar-te e pedir-te de volta, podia gritar-te que o Mundo nunca mais girará no mesmo sentido sem nós, que isto foi tudo fruto de uma conspiração qualquer de uma qualquer instância superior ao mais comum dos mortais e que eu quero descer da espiral que a minha vida se tornou sem ti. Eu podia, podia fazer isto tudo, e pegar-te a mão e fugir contigo e fingir, por uma tarde de chuva e chocolate, que éramos tão felizes como antes. Mas em vez disso, vou dar-me a outro abraço, deixar-me levar por outro sorriso, um que seja real porque o teu já só me aparece em sonhos. E dar-lhe a hipótese de me roubar o coração como tu um dia o fizeste (para sempre), e de me pegar na mão e de me cantar ao ouvido e de me dizer aquelas coisas que eu queria ouvir da tua boca que, agora, já só me fala em sonhos. E pensar que podíamos ter sido tanto...