Dear Cupid, next time hit both.









quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Fica mais um pouco, amor.



Fica mais um pouco, amor. Fica, para que te conte como é acordar ao teu lado, para que te diga que importas acima de tudo, para que te explique o quanto gosto de ti. Hoje já é tarde, mas se ficares eu deixo-me estar nos teus braços e aperto-te também nos meus. Fica, porque quero as pernas entrelaçadas nas tuas, a cabeça no teu peito e o coração a bater mais rápido por ti. Fica por muito tempo. Ou então fica o suficiente. Fica o que chegue para saberes de mim, para saberes que o pôr-do-sol é a minha altura preferida do dia, que as minhas torradas têm sempre manteiga a mais, que o meu chá preferido é o de menta. Que não conheço cheiro melhor do que o da terra depois da chuva ou o da relva acabada de cortar. Fica o que chegue para me falares de ti. Espera, não vás já. Não vás e eu ando de mãos dadas contigo, mesmo quando não souber o caminho, armo-me de espada e cavalo branco e enfrento o mundo, ou vou a pé onde for preciso para ver-te sorrir. Fica, e eu fico acordada até mais tarde para ouvir um pouco mais a tua voz. Fica. Deixa-me que te conte como foi bom ter-te encontrado, como é boa a sensação de as coisas terem, finalmente, um sentido que antes lhes faltava. Deixa-me que te fale da falta que fazes quando não estás. E de como não quero nem mais um dia sem saber de ti. E ainda há tanto para aprendermos. Fica, amor... Não vás já.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A ti, eu quero-te na mesma.



Disseram-me uma vez que o difícil não é encontrar a pessoa certa, que o difícil é depois fazer com que resulte. O caralho é que não é difícil encontrar a pessoa certa. Mais, quando achamos que encontramos a pessoa certa, é difícil perceber se o nosso discernimento está certo ou se estamos só tapadinhos mais uma vez, como em tantas outras vezes em que uma forma de miopia quase fulminante se abateu sobre nós. Cabrão do coração, sempre a cegar-nos nos momentos mais impróprios. A verdade é que, a ti, eu não tive de procurar. Estiveste sempre por aqui, menos perto durante muito tempo e muito mais perto depois, mais perto do que nunca agora. E a verdade é também que não tenho como saber se és mesmo a pessoa certa. Tenho como me perguntar como é que algo que apareceu numa altura tão errada parece tão certo, tenho como rir desse filho da mãe que é o destino e da mania que tinha de achar que éramos diferentes demais. Agora já só és diferente o suficiente, e sobretudo diferente demais de tudo o resto que tive na minha vida até agora. Agora já só me pareces certo, porque não há como não achar certo quem faz com que queiramos ser pessoas melhores, quem faz de nós pessoas melhores. Não há como não achar certo quem nos ampara quedas, quem nos dá a mão e nos ajuda a levantar, quem nos guia se não conseguirmos ver, quem nos dá colo se ficarmos sem chão. E os trambolhões e cabeçadas que já demos os dois, um com o outro, um no outro, fizeram-me ver que sim, também pode ser difícil fazer com que resulte. Mas a ti, não há como não te querer, por ti não há como não correr à chuva, não há como não apanhar o avião no último minuto, não há como não dar o coração para que resulte. A ti eu quero-te ao meu lado, sem tentar fugir, e com beijo de boas noites mesmo quando conseguires mais uma vez (e vais conseguir) tirar-me a razão. A ti eu quero-te na mesma, certo ou errado, longe ou perto. E a ti eu vou buscar-te onde fores, porque toda a distância é mínima perto da minha vontade de encontrar-te.

Facebook: Matem o Cupido, por favor.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Só hoje.



Hoje quero dizer-te uma coisa. Quero dizer-te pela enésima vez que gosto de ti e pela primeira vez que “gosto de ti” não faz justiça. Que me disseram que um dia ia apaixonar-me de repente e que aí ia ser de vez e que eles estavam errados, porque eu não me apaixonei de repente por ti. Quero dizer-te que foi devagarinho, que quase não dei por nada e que bem que podia ter tropeçado em ti que não teria tido a mesma piada; tivemos mais piada assim. Hoje quero pedir-te que fiques. Que fiques sem pressas, sem armas, sem farsas. Que fiques de manhã, à tarde e à noite, com sol ou com chuva, com frio e com neve. Que fiques devagar, sem problemas ou com eles, porque se eles vierem eu fico e dou-te a mão, puxo-te, empurro-te, levo-te ao colo, empresto-te um lenço se for preciso. Fica, e eu prometo-te dias bons e que não fujo nos dias maus. Fica também nos meus dias maus. Fica nas madrugadas. Não me enganes. Fica, gosta-me de forma a que “gosto de ti” também não chegue, e não mo digas só; mostra-me. Hoje quero dizer-te tanto. Que podemos ser Yin e Yang, 8 e 80, mas que talvez sejas o meu um num milhão. Que espero nunca ter de esquecer-te e que nem sei como se esquece alguém como tu. Fica, e eu prometo que apanho granadas por ti, que fico de manhã, à tarde e à noite, que faço valer a pena. Hoje quero dizer-te uma coisa: gosto de ti.