Mais do que de rir contigo. Mais do que de adormecer com o
teu braço por cima, de andar nas ruas com os dedos entrelaçados e mais do que
de pousar a cabeça no teu ombro e sentir-me em paz. Mais do que da tua boca,
mais do que de saber de cor a tua voz porque tu ainda não me tinhas feito esquecê-la.
Muito mais do que dos teus dedos a enrolar madeixas do meu cabelo. Mais do que
da tua mão a embalar-me com cuidado. Mais do que das tuas palavras sensatas,
mais do que das carinhosas, muito mais do que das manhãs preguiçosas a ver
televisão. Mais do que de ter-te à distância de um telefonema. Mais do que do teu
cheiro, do que de dormir na tua cama, do que do teu beijo de despedida de
manhã. Mais do que de vestir as tuas camisolas. Mais do que de ti. Mais do que
de nós, tenho saudades da altura em que eu não sabia sequer o teu nome. Dos
dias em que ainda não te tinha provado. Em que passava pela vida, morna, feliz,
porque nunca tinha conhecido uma pessoa como tu, mas também nunca tinha ficado
sem ti. Tenho saudades.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
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Nunca tinha visto as coisas assim, mas agora que penso bem faz sentido. A saudade de não conhecer, porque quando nunca se conhece não se pode ter saudade, não dói...
ResponderEliminaré o famoso «oh tempo volta p'a trás...»
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