A única coisa de que me arrependo é não ter sido eu a
deixar-te primeiro. A ferir-te primeiro, a matar-te primeiro. Ainda não percebo
como conseguiste disparar assim no coração que dedicou batidas ao teu sorriso,
o coração que pus nas tuas mãos a acreditar que, por uma vez, ia ser
aconchegado. Não foi. O tempo passa, são duas da manhã e enquanto a madrugada
avança eu penso em ti. Em mil formas que podia ter usado para matar-te, para
deixar-te no chão em que eu agora estou. O ponteiro do relógio percorre o
mostrador e lembra-me que o tempo não parou, a vida não parou, nada parou por
tu não estares, por me teres deixado aqui em vez de ainda me levares pela mão.
Nada parou. Mas faz mais um minuto que tu não aceitaste a minha mão estendida e
implorante pela tua. Faz mais um minuto que tu não me quiseste. Que me mataste.
E outro, e mais outro. Que disparaste sobre o meu coração e foste, sem querer
saber até que ponto foste certeiro, sem sequer olhar para trás para ver os
estragos que fizeste. Sabes quantas batidas dá o meu coração agora por minuto?
Menos, muito menos do que aquelas que dava quando me abraçavas e falavas da
sorte que tinha sido encontrar-me. Como me arrependo de não ter sido eu a
matar-te primeiro. Teria sido o crime perfeito…
terça-feira, 25 de junho de 2013
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
"Ainda não percebo como conseguiste disparar assim no coração que dedicou batidas ao teu sorriso, o coração que pus nas tuas mãos a acreditar que, por uma vez, ia ser aconchegado. "
ResponderEliminar"O ponteiro do relógio percorre o mostrador e lembra-me que o tempo não parou, a vida não parou, nada parou por tu não estares, por me teres deixado aqui em vez de ainda me levares pela mão. Nada parou. Mas faz mais um minuto que tu não aceitaste a minha mão estendida e implorante pela tua. Faz mais um minuto que tu não me quiseste. Que me mataste. E outro, e mais outro. Que disparaste sobre o meu coração e foste, sem querer saber até que ponto foste certeiro, sem sequer olhar para trás para ver os estragos que fizeste. Sabes quantas batidas dá o meu coração agora por minuto? Menos, muito menos ..."
Podia ter sido eu a escrever isto.
Não lhe guardes rancor, só te faz mal a ti.
ergue a cabeça e esforça-te ao máximo por seres FELIZ!
:)
Um beijinho*
ResponderEliminarnão guardes mágoa nem rancor, guarda só o que foi bom!
ResponderEliminarah e, não há crime perfeito ;)
Sabes que mais? Guarda o que tiveres a guardar até a ferida cicatrizar. As pessoas exigem demasiada rapidez na cura das dores de amor. Fossem as curas suaves (que o Tempo supostamente traz) assim tão boas...não tinhamos literatura!
ResponderEliminarAo menos que mandes para fora a raiva, e que nas tuas palavras as raivas de outros/as se espelhem...e assim, ao curares as tuas feridas, ajudas a curar as nossas/de outros.
Oh, Sofia, nós dois devemos ter sido separados à nascença... nesta ou numa outra vida.
ResponderEliminarBeijim! ;-)
Giuseppe
como te percebo... :(
ResponderEliminar