Dear Cupid, next time hit both.









quinta-feira, 25 de julho de 2013

Hoje perguntaram-me o que eu queria. Simples.



Eu queria mais uma noite sem dormir ao teu lado. Queria sentir-te o peito a subir e a descer enquanto respiras, ter a pele do rosto contra a do teu ombro, ver o contraste das cores nos braços entrelaçados. Não me preocupar em pentear o emaranhado de cabelos que se colavam ao meu pescoço, nem com o peso que fazia a tua perna por cima das minhas. Não me preocupar com a possibilidade de agora ser outra a cara que vês de manhã, de ser outra a respiração em sintonia com a tua, de outros olhos pousarem na perfeição que eram os teus lábios enquanto dormias. Queria ainda ser eu. Ainda ser eu a arrancar-te facilmente o riso desapegado da garganta. E queria ainda rir contigo, ou pelo menos rir contigo mais do que choro sem ti. Queria-te comigo. Mais rico ou mais pobre, com mais ou menos cabelo, mais alto ou ainda sem que pudesse usar saltos ao teu lado. Queria-te menos politicamente correcto e mais loucamente apaixonado, queria-te num acto de loucura e (des)apego, e que não me tivesses deixado ir. Queria que me fizesses voltar. Queria-te assim, assim ou de qualquer maneira, com o teu jeito ou com outro qualquer. Queria-te a ti, a ti, que me fizeste achar que tinha o coração em boas mãos para depois o deixares cair. Queria que o apanhasses, que não me deixasses mais tropeçar nele e que me levasses pela mão. Queria-te a ti, a nós. Queria-nos a nós.

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