Dear Cupid, next time hit both.









segunda-feira, 11 de abril de 2011

It's 3 am, I must be lonely


O meu mundo era a preto e branco. Quando não havia cavalos nem princesas nem capas nem torres. O meu mundo era a preto e branco, tu vieste e ele passou a cor-de-rosa. Passou a sorrisos e a andar à chuva e a dançar sozinha, passou a vontade de (te) viver incessantemente, ao teu rosto sempre que acordava de manhã. E depois, depois passou a meios sorrisos, a meia felicidade, a meio aperto no coração quando percebi que eu não te deixava a dançar à chuva e que tu nem tinhas percebido que eu te salvei, eu e o meu cavalo branco. Tu nem percebeste que eu fiquei com a caneta na mão, suspensa, à espera do final feliz que tu não me deixaste escrever. E agora... agora estou só cansada. De gostar tanto de ti, de só te ver a ti quando tu nunca me vês. De não ter vontade de dormir, porque tu invades-me o pensamento quando fecho os olhos, porque invades-me os sonhos quando adormeço, porque estás lá quando eu acordo e nem sequer é a sério. Quem me dera que ver-te não me deixasse com o coração a mil, que fosses só uma pessoa igual às outras. Que não me fizesses odiar as músicas que antes me deixavam a sorrir porque te traziam para o meu lado, que não me fizesses odiar os casais de mãos dadas porque tu só me deste a mão uma vez e o resto do Mundo parou e tu nem deste por nada. Eu gostava que ainda me desses mais vontade de sorrir do que de chorar, de ainda achar que podia ser fácil, de achar que também podia depender de mim. Não depende, o meu cavalo branco continua à tua espera, mas a tua vida perfeita continua a não ter lugar para a confusão que eu costumo arrastar atrás de mim. Eu nunca vou ter lugar ao teu lado, é o que eu sei agora. E dói um bocadinho, e eu ainda queria ser perfeita o suficiente para poder estar aí, para poder estar contigo. Não sou, e tu não chegas a ver que o imperfeito tem muito mais piada. E sabes que mais? Eu queria mesmo que tu me visses, que me fizesses ver o mundo a cor-de-rosa todos os dias e que me deixasses a dançar sozinha. E queria mesmo que tu não dormisses sem mim, e estar no teu pensamento todo o dia, nos teus sonhos toda a noite. Eu sonho demais, espero demais, e nunca acontece nada. Gosto de ti, só isso. Adeus*

6 comentários:

  1. Gostar de alguém que não gosta de nós é lixado. No início até pode ter uma certa piada, enquanto acreditamos que talvez um dia ele repare em nós, mas com o passar do tempo parece que deixamos a vida em stand by e tudo fica mais difícil... até que chega o momento em que finalmente nos conseguimos libertar...

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  2. *cries*

    está tão perfeito *-*

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  3. Ana: eu diria mais: gostar de alguém que não gosta de nós é fodido. Eventualmente, passa... como tudo ;)

    Anónimo: obrigada*

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  4. Nunca sentindo o que tu sentes.. felizmente...porque não sei como reagiria e teria até vontade de escrever de forma tão "aberta".. acho que deve ser uma dor profunda, escondida, que nunca está nos planos porque ele vive... ele encontra-nos...e estamos impotentes..perante o que sentimos... temos medo da desilusão se tentarmos ser atrevidas.. mas medo de um não que nos derruba as forças todas! Já ultrapassa a desilusão...mas também és tão nova que não deves ficar presa a um sentimento que te faz mal à alma! O tempo vai ajudar a compreender que é tempo que se gastou, amar assim, mas desgastou e ajudará com alguém que o mereça de facto e seja recompensado! O amor é assim mesmo...f****do!

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  5. Adorei... *palmas*
    Consegui-me identificar de uma maneira... uff Expressas-te completamente cada palavra que sinto...

    Parabens pelo optimo texto e blog ;)

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  6. Marge: não estou presa querida... e não é amor, felizmente. Acho que se pode chamar paixão... se fosse amor, já tinha enlouquecido :P mas custa um bocadinho na mesma... e não deixa de ser fodido!

    Perdida na tradução: obrigada* a parte de te identificares acho que já não é tão boa... mas ainda bem que gostaste :)

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