Dear Cupid, next time hit both.









quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ter o coração partido é ter de parar.



Ter o coração partido é ter de parar. Ter de parar de sentir saudades, de sentir, de querer. Ter de parar de esperar. Que ele volte, que se arrependa, que o telemóvel toque e seja ele. Que chegue num cavalo branco com a capa que nunca lhe serviu. Ter o coração partido é ter de parar de pensar no que fizemos de errado, no que podíamos ter feito diferente. Ter de parar de imaginar que pode haver outra pessoa no nosso lugar a fazê-lo feliz. É ter de parar de pensar que devíamos ser nós a fazê-lo feliz. Ter de parar de ter noites em branco ou cheias de sonhos com ele, ter de parar de lembrar tudo, ter de parar de saber a que soava o riso dele. Ter o coração partido é ter de parar de ter medo que a próxima pessoa também nos desfaça. É ter de parar de chorar antes de adormecer. Ter de parar de vê-lo em todo o lado. De lembrar as conversas que tivemos e de imaginar as que podíamos ter tido, de pensar em tudo o que podíamos ter sido, de achar que demos demais. De querer voltar atrás e ter só mais um dia com ele. Ter de parar de ter os dias cheios de saudade. Ter o coração partido é ter de parar. É ter de parar, mas nunca, nunca conseguir.

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