Dear Cupid, next time hit both.









quarta-feira, 21 de novembro de 2012

E quem me dera saber limar-nos. Mas não sei.


É nos cantos das histórias de amor que vemos se valeu a pena entregar o nosso coração. Nos cantos bicudos, limados, assim-assim. É nas arestas que nos encontramos e ao que restou do que demos, é ali sentados que fazemos o balanço entre o que entregámos, o que recebemos e o que nos foi tirado. Dizem que é a olhar o passado, mas é nos cantos das histórias de amor. Não é a fazer contas às vezes que demos as mãos, que cantámos canções ao ouvido, que nos deixámos acreditar. Não é a desfiar os sonhos que temos agarrados ao pulso, é a medir as fendas do nosso coração. Os cantos bicudos deixam sempre fendas maiores, os outros suavizam-nas e podemos respirar. E podemos limá-los, olhar o passado e limá-los, ou limá-los enquanto amamos e arredondar a nossa história de amor. Para que um dia as fendas não sejam tão grandes, para aprendermos se valeu a pena assim. Porque é nos cantos das histórias de amor que aprendemos se valeu a pena o que levaram do nosso coração.

3 comentários:

  1. O amor é perfeito na sua imperfeição, mas é bom sinal quando tentamos limar as arestas.

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  2. O teu texto ajudou-me aperceber que tive um amor canto-bicudo. Mas, por agora, não escolheria não o ter tido.

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  3. S*: é sinal de que vale a pena ;)

    Mary Jane: que bom :) não escolheria não ter tido nenhum, aprendi com todos!

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