Eu não sei, não sei quem inventou o amor. Não sei quem disse que tem de ser tão intenso, tão profundo, tão forte e tão desconcertante. Eu não sei quem ditou que, depois deste tempo todo, eu ainda tenho de levantar os olhos para um céu estrelado e procurar o que restou de nós nas estrelas. Não sei, não sei quem inventou o amor. Quem decidiu que teria de ser tão sufocante, tão necessário, tão confuso e tão absurdo. E também não sei porque tive tantas certezas de já ter-te esquecido, e não sei para onde elas foram, essas certezas. Não sei por que motivo nem como achei que era possível já não te amar, já não nos sonhar, já não te querer, já não me apertares tanto o peito. Eu não sei, não sei quem decidiu que teria de ser assim, que só faria sentido com o amor, que o amor não faria sentido e que amar teria sempre de nos tirar os pés do chão, de nos deixar à beira do precipício, vulneráveis a qualquer empurrão da pessoa amada que nos dissesse "Adeus, já não te quero mais". Não sei quem achou que teria de ser assim, que nós não poderíamos simplesmente retirar do peito quem já nos retirou do seu, que não poderíamos optar por não perder lágrimas e por passar ao amor seguinte, esquecendo o anterior. Não sei quem decidiu que nós não poderíamos decidir. Que teríamos de esperar que passasse, de perder lágrimas e de desfiar soluços sob o luar, de implorar para voltar atrás e podermos apenas segurar a mão da pessoa que amávamos, de lhe pedir que fique, apenas que fique, porque juntos podemos fazer melhor. Não sei quem achou que o amor poderia ser eterno, que poderíamos amar alguém mesmo que essa pessoa já não nos amasse, mesmo que já não fizesse parte da nossa vida, não sei quem decidiu que seria assim, que quando amamos alguém a sério essa pessoa nunca mais nos deixa a alma. Não sei por que motivo não podemos amar alguém e ter espaço para outras pessoas na mesma, porque depois poderíamos amar uma delas também. Não é assim. Quando amamos alguém, como eu te amei (e tanto que te amei...), não há espaço para mais ninguém. Pode haver alguém que nos chame a atenção, podemos mesmo gostar de alguém. Mas quem amamos fica-nos sempre. Mesmo quando esquecemos, mesmo quando temos tantas certezas. Se ele volta, percebemos que, afinal, ainda amamos, ainda queremos, ainda sonhamos. Que não esquecemos. Que não vamos esquecer. Eu não sei, não sei quem inventou o amor.
Mas gostava de saber. E dava-lhe uma carga de porrada.
oh que queridaa. eu também adoro o teu blog! e venho cá todos os dias, embora nao comente!
ResponderEliminarachei este texto fenomenal. diz tudo aquilo que nos faz querer dar uns belos murros em algo quando estamos apaixonadas... e ainda dizem que o amor não é violento u.u
Porque sinto o mesmo...
ResponderEliminarExcelente escrita.
Beijinho
Minha Querida... Eu nem sei o que te diga. Este texto está tão, tão, tão... Nem sei. Disseste tudo!
ResponderEliminarBeijinho
p.s. se encontrares avisa que eu dou-lhe umas palmadas também xD
O texto está simplesmente fantástico. E já sabes, se encontrares avisa, eu ajudo a bater...
ResponderEliminarquando souberes quem inventou chama-me por favor, que eu dou-lhe umas boas "achegas". E o texto, oh my, como podia ter sido escrito sobre mim... e diz tudo, e toca cá dentro. Beijinho*
ResponderEliminarNão sei quem inventou o Amor, mas o sacaninha, às vezes, dá grandes dores de cabeça...
ResponderEliminarBjx
pode parecer estranho , mas acho que nao queria dar porrada em quem inventou o amor, sim é verdade que muitas vezes sofremos e passamos por sensaçoes com a que tas a passar, mas, tambem existem aquelas alturas em que andamos nas nuvens
ResponderEliminarJa somos duas...espancava-o e torturava-o cm me tem feito a mim :(
ResponderEliminarlindo... =)
ResponderEliminarGirl in Motion: obrigada... :) é, acho que o amor tem as duas vertentes... beijinho ;)
ResponderEliminarMaisa: obrigada ;) beijinho
Joana: eu aviso sim! e obrigada... ****
Vera: eu juro que aviso. Pelos vistos já h+a gente suficiente para lhe fazermo uma espera... ;)**
Mysterious girl: combinado. E ainda bem que gostaste! beijinho
Aninhas: dá pois, de cabeça e não só...***
Riga: claro que sim... apesar de tudo eu acho que, no final, compensa...*
Pequenina: confesso que a vingança seria agradável... beijinho
M.: obrigada... ;)
Adorei simplesmente, este texto.
ResponderEliminarLindo, sincero e verdadeiro.
Gostei mt do teu blog, vou voltar com toda a certeza.
Beijinho.
Nana: muito obrigada! volta sempre que quiseres, és bem-vinda... beijinho
ResponderEliminarAh_! roubei-te +- o post (que é o mesmo q dizer que fiz um post no meu blogue com um link para o teu post), espero que não te importes! =)
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