Dear Cupid, next time hit both.









sexta-feira, 10 de setembro de 2010

How can you mend a broken heart?

O facto de ter passado um ano, juntamente com a quantidade de pessoas que conheço a passar por situações semelhantes, pôs-me a pensar nisto. Como se cura um coração partido? Eu sei que é possível, sei que se cura, porque já o testemunhei. Já vi um coração desfeito curar-se, bem perto de mim. Mas nunca percebi como isto acontece. Sei que a dor vai passando, as feridas vão cicatrizando, vai custando cada vez menos. Mas e a saudade? O que se faz com a saudade? O que se faz com todas aquelas recordações que nos acompanham no dia-a-dia? Sempre li que, quando o coração se nos parte desta maneira, há certas coisas que devemos fazer para o ajudar a curar-se. Devemos sair, ver sítios diferentes, estar com amigos, conhecer pessoas novas. Bom, se me perguntarem, antes de mais nada eu acho que devemos ficar tristes. Bolas, acabámos de ter o coração desfeito em pedaços, devemos pelo menos isso a ele e a nós próprios - ficar tristes e chorar, chorar, chorar. O quanto for preciso e sempre que for preciso. Não rimos também quando estamos contentes? Então porque não havemos de chorar quando temos razões para estar tristes? Mas e depois? Quando já não choramos todo o santo dia, quando saímos, quando conhecemos pessoas, quando fazemos isso tudo? Quando seguimos em frente, quando até podemos dar a oportunidade a outras pessoas de nos entrarem peito adentro - quando fazemos isso tudo e, mesmo assim, o coração não se cura? Quando mesmo assim ele sufoca quando passamos naquele sítio, quando evocamos aquela imagem, quando ouvimos aquela canção? Eu ainda penso em ti todos os dias, sem excepção. Por todos os motivos, por motivo nenhum. Passou um ano e as saudades ainda tomam conta de mim tantas vezes. Que raio posso eu fazer mais? Além de esperar, de seguir, de te afastar, de (nos) perdoar, de sair, de rir, de (sobre)viver? Tem de haver mais alguma coisa que eu possa fazer. Como se cura um coração que (ainda) é teu, que (ainda) tem o teu nome? Que em tempos esteve nas tuas mãos, indelevel e irrevogavelmente... Como se faz?

16 comentários:

  1. dizem que se leva o tempo da relação, para se esquecer uma pessoa. quando ouvi isto, não podia conceber três anos do sofrimento pelo qual, na altura, já estava a passar.
    vão fazer no próximo mês, dois anos que tudo acabou. posso garantir-te que nem esses dois anos seriam suficientes. foram porque me mudei. foram porque comecei de novo, porque aconteceu muita porcaria que me fez desiludir novamente - uma e outra vez. aconteceu tudo isso. o primeiro ano é uma ilusão. o primeiro ano é para desincrustar o hábito; é para passar por todos os dias, mas dessa vez, sozinha, dessa vez sem porto de abrigo. é para isso que serve o primeiro ano - para ultrapassar todas as datas, todos os dias de cada mês que eram tão vossos e fazer valer que esses, já não valem nada, porque já não estão juntos. acho que só do primeiro ano para a frente, é que se esquece uma pessoa. por isso, minha querida, have hope, have heart, my dear.

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  2. Com o tempo cura-se acredita!!! Não é fácil e numas pessoas demora mais tempo... Mas com o tempo a coisa vai lá. :)

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  3. Não sei. Tb eu ando à procura dessa resposta...

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  4. eu sei o que fiz quando foi comigo, mas são coisas que contigo pode não resultar

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  5. não sei bem, mas penso que o tempo é a melhor resposta ou até mesmo uma pessoa que nos faça sentir bem e nos volte a preencher, não da mesma maneira, mas que se enquadre em nós e nos faça feliz. Acho que amor com amor se cura.

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  6. Não se faz nada. Embrulha-se a vontade bem cá dentro. Envolvemos com uma fita de seda. Guardamos. Porque ainda (o) queremos guardar. Chegamos a um ponto em que dizemos que temos de arrumar esse embrulho. Numa caixa, no sotão, onde for. Ganhamos coragem e guardamos. Longe da vista. Longe do coração. Só para depois o voltarmos a tirar da caixa, do sotão, desapertarmos devagarinho a fita e desembrulharmos o que havíamos embrulhado com tanto carinho, com tanto amor, com tanta dor. E assim nos deixamos estar, por momentos, com o embrulho aberto, para voltarmos a sentir o toque, o cheiro, o perfume. Para lembrarmos ainda mais vivamente. E depois voltamos a embrulhar. A guardar. Para mais tarde voltarmos a desembrulhar. E a relembrar vivamente. Mais uma vez. Até que um dia, se tornam escassas as vezes em que desembrulhamos. E se tornam cada vez mais raras. Mas não deixas de querer desembrulhar o embrulho que guardaste com tanto amor.
    Tenho para mim que o número de vezes que desembrulhas é proporcional ao que viveste, ao que sentiste. E apesar de tudo, acho que não trocava essa proporcionalidade por nada.

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  7. Té: Há que ver o lado positivo então... pelo que tu dizes, o pior já passou... espero mesmo que seja assim. Já te disse que é bom ter-te de volta por estes lados? Não? Então... é bom ter-te de volta por estes lados :)

    Artemisa: a questão é quanto tempo... =/

    Sad tear: se a encontrares, partilha, eu faço o mesmo...

    Riga: suponho que seja diferente de pessoa para pessoa...

    A.: é possível... mas às vezes o coração não deixa entrar mais ninguém por muito, muito tempo...

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  8. Diogo: lol :P

    Blue: fizeste-me chorar... :( obrigada pelo comentário, está perfeito... faz todo o sentido, e tens toda a razão... e sim, apesar de tudo, eu acho que também não trocava por nada... senão, de que teria valido a intensidade do amor? beijinho*

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  9. sofia

    o problema é mesmo esse: varia de pessoa para pessoa

    diogo

    eu já lhe contei uma vez o que fiz, só que lá por ter resultado comigo, pode não resultar com ela

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  10. Depois de ler as palavras tão sábias da Blue, fiquei sem saber o que dizer...

    Não acredito que precisemos do tempo que durou uma relação para a esquecermos. E não acredito por causa da intensidade! Existem relaçºoes que duram cinco ou seis anos, que nem se comparam a relações que duram 'apenas' um ou dois... Porque o tempo não vem na razão directa do amor, da paixão, do desejo... Porque o tempo é relativo para cada um de nós, como tal, não pode ser tomado como referência.
    Acredito, tal como a té, que o primeiro ano é o que mais custa a passar. Porque há um novo caminho a percorrer, desta vez, sozinha. Porque há datas que tantos vos dizem e que já não irão celebrar...
    Basicamente querida, enche o peito de ar e prepara-te para voltar a viver ... O pior, espero, já passou ! :)

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  11. Riga: eu não me lembro do que foi... =/

    Joana: as palavras da blue foram fantásticas... acho que tens razão em relação ao tempo... uff, vou preparar-me então... :)

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  12. ooi Sofia. Vim dizer-te que amei teu texto e deixei selinho de meu blog para você. visita-me??? beijinhos ;*

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  13. depois se quiseres volto a dizer-te pelo outro lado, tenho algumas novidades, depois falamos

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  14. Meninas, que caraças, até fico sem jeito ;)

    Fala-vos alguém que conhece bem o sentimento, que já teve de lidar (e lida) com ele. E a Joana tem razão, tudo depende de cada um de nós, cada um tem o seu tempo, o seu próprio tempo. E não, não depende da duração da relação - há algumas, vividas em escassos meses (3, 4) que conseguem ser mais intensas do que muitas de anos. Tudo depende de como se vive. Com que paixão, com que intensidade nos entregamos.

    Sofia, as lágrimas, bem, as lágrimas, acabam por fazer parte. Deixa-as correr... dizem que lavam a alma. O que interessa é que depois, o sorriso volte ao teu rosto.

    Beijinhos.

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  15. Como eu adorei este texto, diz-me muito.

    Parabéns pelo texto.

    Reflecte em grande parte muito daquilo que senti, sinto e dos meus pensamentos...

    Ainda hoje penso, e já tanto tempo passou.

    É impressionante como nos identificamos com sentimentos sentidos por outros.

    Excelente texto, muito bem expresso.

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