Fica mais um pouco, amor. Fica, para que te conte como é
acordar ao teu lado, para que te diga que importas acima de tudo, para que te
explique o quanto gosto de ti. Hoje já é tarde, mas se ficares eu deixo-me
estar nos teus braços e aperto-te também nos meus. Fica, porque quero as pernas
entrelaçadas nas tuas, a cabeça no teu peito e o coração a bater mais rápido
por ti. Fica por muito tempo. Ou então fica o suficiente. Fica o que chegue
para saberes de mim, para saberes que o pôr-do-sol é a minha altura preferida
do dia, que as minhas torradas têm sempre manteiga a mais, que o meu chá
preferido é o de menta. Que não conheço cheiro melhor do que o da terra depois
da chuva ou o da relva acabada de cortar. Fica o que chegue para me falares de
ti. Espera, não vás já. Não vás e eu ando de mãos dadas contigo, mesmo quando
não souber o caminho, armo-me de espada e cavalo branco e enfrento o mundo, ou
vou a pé onde for preciso para ver-te sorrir. Fica, e eu fico acordada até mais
tarde para ouvir um pouco mais a tua voz. Fica. Deixa-me que te conte como foi
bom ter-te encontrado, como é boa a sensação de as coisas terem, finalmente, um
sentido que antes lhes faltava. Deixa-me que te fale da falta que fazes quando
não estás. E de como não quero nem mais um dia sem saber de ti. E ainda há
tanto para aprendermos. Fica, amor... Não vás já.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
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Perfeito, como sempre! :)
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