Dear Cupid, next time hit both.









quinta-feira, 30 de junho de 2011

I try to walk away and I stumble...


Estás a ver o planisfério de que falávamos na escola? Já o percorri a dedo, já desenhei caminhos novos. Já o fiz sozinha e acompanhada. Já tentei passo a passo e já tentei adiantar quilómetros. Já tracei até mapas estelares, e nada. Volto sempre ao caminho que me leva a ti. E não há nada a fazer, sabes? O meu coração não me pertence desde que o deixei nas tuas mãos. E tu levaste-o contigo. Tenho vontade de pedir-te que ao menos tenhas cuidado, que ao menos não o deixes cair, que ao menos tomes conta dele. Que ao menos te lembres que ele continua a bater por ti, e que a cada passo que dás fora do que era o nosso caminho, ele parte-se mais um bocadinho. Tem cuidado, ao menos tem cuidado.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A vida não se aprende nos livros - 8


Eu já aprendi que não vai resultar quando ele me beija pela primeira vez e tudo o que me apetece dizer-lhe é: "Amigo, isso não é um beijo, isso é uma endoscopia."

terça-feira, 21 de junho de 2011

I try to say goodbye and I choke.


Estou sempre a ser empurrada para ti. Eu juro que queria deixar de percorrer o caminho que me leva de volta a ti uma e outra vez, mas o meu coração parece não conhecer outro. Por muito que eu tente, por muito que trace novos caminhos, por muito que percorra mapas deste mundo e de outro qualquer, no fundo eu não me afasto um milímetro da estrada que íamos percorrer os dois. Não é que eu viva no passado, eu vivo é num futuro em que tu estás, como era suposto. E num presente em que tu não me deixas escapar. Porque o teu sorriso está sempre lá, os teus olhos estão sempre prontos a encontrar os meus, e a tua vida está sempre a entrelaçar-se na minha, como as nossas mãos costumavam fazer. Não é suposto estares comigo, mas estás, estás sempre e por toda a parte. Sabes? Eu acho que não, mas gostava que soubesses que ainda te ouço a desejares-me boa noite sempre que encosto a cabeça na almofada e me preparo para mais uma noite sem sonhos contigo.

domingo, 19 de junho de 2011

Ele há-os ao pontapé, mas....


Os homens giros são convencidos. Os homens feios não têm auto-estima. Os homens bonzinhos são uma seca. Os homens mauzões não têm sentimentos. Os homens cultos são intelectuais demais. Os homens burros são... bom, são burros. Os homens práticos são desligados. Os homens sonhadores são umas meninas. Os homens que se focam na carreira não têm tempo para mais nada. Os homens que não têm carreira não têm grande interesse. Os homens frios não nos dão atenção suficiente. Os homens atenciosos são uns chatos. Os homens normais nunca têm paciência. Os homens que nos aturam tudo são mentalmente instáveis. Os homens do presente são uma dor de cabeça. Os homens do passado são uma dor ainda maior. Os homens sérios fazem-me fugir. Os homens divertidos têm sempre um monte de miúdas atrás. Os homens que têm miúdas atrás deles são sinónimo de chatice. Os homens que não têm miúdas nenhumas atrás são, no mínimo, estranhos. Os homens que não nos ligam de volta são uns sacanas. Os homens que nos ligam no minuto seguinte, e no outro, e no outro, são carentes. Os homens misteriosos dão connosco em doidas. Os homens simples não têm piada nenhuma. Ser solteira é tão cansativo que estou a pensar fazer um voto de celibato eterno.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ups... - 2

Os "Parabéns a você" são o terror de qualquer pessoa que, como eu, não goste de ser o centro das atenções. Num momento, está toda a gente animada, a jantar e tal. E, no momento seguinte, puff, tudo de pé à nossa volta, a bater palmas alegremente enquanto entoam a cantilena mais idiota de sempre. Nesse terrível e temido momento, nós ficamos ali no meio, a pensar onde enfiamos as mãos, se batemos palminhas também ou se as deixamos estar quietas, se olhamos para as dezenas de olhos postos em nós ou para o bolo, se cantamos também ou se ficamos com um sorrisinho forçado até à parte do "... uma salva de palmassss eeeeeeeê!!". É tãooo mau.

domingo, 5 de junho de 2011

If I had you here, I'd clip your wings.


Voltar atrás e fazer com que nunca tivesses partido. Com que nunca me tivesses partido. Por vezes era tudo o que eu queria. Voltar àquela tarde de Agosto e (pres)sentir de novo o teu beijo, o primeiro beijo, com a certeza de que não haveria o último. Fazer de novo todas as promessas que te fiz, porque agora eu não iria quebrá-las. Jurar-te o meu amor por ter a certeza que ele nunca seria de mais ninguém. Voltar atrás e fazer com que houvessem finais felizes. As nossas mãos iam ser dadas até ao pôr-do-sol e tu ias estar em todos os meus dias.. nas minhas noites também. Não haver outra pessoa no meio dos teus braços - como poderia haver, se eles estavam destinados a só me abraçarem a mim? Às vezes acho que brincámos com o destino e que, por isso, ele ainda não nos deixou ficarmos longe o suficiente. Era suposto estarmos juntos, e por isso ele ainda te mete no meu caminho tantas vezes, ainda tropeço em nós de vez em quando, ainda há coincidências que não deixam que tu saias de mim. Deve estar à espera que finalmente consigamos perceber que não era suposto haver esta distância entre nós. Eu voltava atrás e enganava o destino. Quando ele esperasse que eu corresse para longe, eu pegava na tua mão e jurava-te para sempre. E jurava mesmo, porque desta vez eu ia cumprir e tu só poderias ser feliz comigo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Oh tonight you killed me with your smile


Sofia - Eu vou para o inferno por tua causa.
Ele - Eu espero que sim. O inferno é fixe. Estar nas nuvens a tocar harpa deve ser uma seca.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A vida não se aprende nos livros - 7


Eu já aprendi que, por muito longa, interminável e aborrecida que a fila de trânsito em que estou enfiada seja, não vale a pena passar para a fila do lado, aquela que anda sempre mais rápido. Porque, no momento em que mudamos de fila, a pensar "epá espera lá que aquela está a andar melhor!", a fila para que passamos torna-se de imediato a fila mais longa, interminável e aborrecida de todas, e aquela de que saímos começa a andar mais rápido. Diz que a isto se chama leis de Murphy, e eu não sei quem foi esse senhor, mas parece que percebia umas coisas.